21 Julho 2001

Regresso hoje ao dia 21 de Julho 2001, dia em que a Isabel e eu nos casámos e que foi um dos dias em que me senti mais feliz em toda a minha vida.

Quase tudo foi perfeito, exceptuando o assador de carnes e o fotógrafo que não estiveram à altura. O facto de termos organizado o casamento na praia deu um colorido especial à cerimónia. Tudo girou à volta do tema Brasil e “rolou” caipirinha e churrasco “à beça”. Em vez de oferecermos o ramo da noiva “à santa”, atirámos flores à Iemanjá (foto), que na minha terra se chama Kianda.

Hoje, logo, vamos relembrar esse dia e festejar em família, com o Marcelo a entornar, como de costume, o copo da água e a Luana a dar pontapés como que a dizer: “Queria estar aí fora para festejar com vocês”.

Nada de especial: somos “apenas” uma família feliz.

40º à sombra

Anda para aí tudo a reclamar do calor. Mas qual calor? Andam de Outubro a Junho a dizer mal do frio, da chuva, da falta de frio, da falta de chuva. Mas afinal o que é que querem? Um programador de temperaturas? Com telecomando, já agora? Esta gente só se queixa!

E digo mais: Vivam os 40º à sombra. O meu voto para a abolição das temperaturas inferiores a 30ª.

Devia haver uma lei que aumentasse as horas de trabalho no Inverno para as diminuir no verão. Assim, com este tempo, podia ir todos os dias à praia dar um mergulho de fim de tarde.

Ah! Não é que me ia esquecendo de me queixar também de alguma coisa: não gosto mesmo nada de ter de andar de fato e gravata com este tempo mas há dias em que não há outro remédio!

FotoRegressos

Cabo Verde - Jun 06

Uma fatia de pizza

É o Prato do Dia. Depois de um mês de cozedura em lume brando, aqui temos finalmente uma deliciosa fatia de Pizza Bella Berlinense.

Foi servida quente, embora se tratasse de uma vingança marcada há seis anos. O seu sabor adocicado foi realçado pelo facto de ter sido acompanhada por uma carta de vinhos francesa, dos quais destacamos pela negativa o Cabeçada de Burro (bruto), que foi eliminado da carta. A escolha incluía poucos vinhos brancos devido à dificuldade cada vez maior de produzir boas cepas daquela estirpe. As últimas colheitas dignas de figurar no quadro de honra têm sido essencialmente resultado de excertos em vinhas africanas, de tonalidade mais escura, o que constitui um rude golpe no "orgueil français".

Portugal apresentou a sua colheita candidata ao título de Campeã 2006 mas os donos do restaurante preferiram promover mais uma vez os vinhos estrangeiros, principalmente os franceses que foram o espelho das acusações que nos dirigiram: ácidos e falsificados.

A grande vencedora foi portanto a pizza, que acabou por conseguir que os gauleses pagassem a conta ao empurrar a decisão para o desempate por "shots". Nesta fase, um dos copos franceses bateu na borda da mesa ... e entornou-se. Viva a Pizza!

Ainda sobre o 4 em 1 ... de Julho

Prometido é devido e ainda por cima já reclamaram. Por isso, aqui vão alguns comentários sobre as festas do 1 de Julho.

Aniversário do Marcelo

Como previsto teve início logo de madrugada. Fomos para a praia jogar à bola logo de manhã enquanto a mamã foi tratar da sua apresentação para os eventos da tarde. Estavam lá umas pocinhas muito convidativas e logo a seguir ao tão habitual quanto inútil “Cuidado Marcelo”, lá veio o mergulho com roupa e tudo. O papá tirou a camisola e fez dela um vestido comprido para o nosso menino não voltar nu para casa. É giro ser pai!

Casamento da Xana (para quem não sabe, é a minha irmã) e do Paulo

A cerimónia em si estava à partida destinada a ficar marcada por duas coisas: o verdadeiro propósito do casamento por ser uma condição sine-qua-non para o padre aceitar baptizar o filho deles e o facto da cerimónia se realizar à mesma hora do Portugal-Inglaterra, o que fez com que a igreja estivesse quase vazia.

Baptizado do Gustavo

O facto de ser pela primeira vez padrinho atraiu todo o meu interesse para a cerimónia, eu que sou avesso a todo o tipo de cerimónia promovida pelo clero. Correu tudo bem mas tenho pena do reduzidíssimo número de fotos disponíveis. O que interessa é que lá levou com a água na moleirinha.

A parte dos comes e dos bebes

Foi engraçada, divertida mas marcada pela indisposição do Marcelo. Já vinha ameaçando há vários dias e aconteceu mesmo: “apanhou” a gastroenterite do primo e sentiu-se mesmo mal durante o jantar. Ainda tivemos tempo de lhe cantar os Parabéns antes de o levar a casa dos avós, onde ficou a canjas. Ainda voltámos para fazer o nosso papel de padrinhos mas a disposição já não foi a mesma. Nestas ocasiões não é nada giro ser pai!

Fim de festa

Acabámos mesmo por ir embora mais cedo porque o cansaço já pesava, principalmente para quem vale por dois. Nunca percebi porque é que se diz de uma grávida que está no seu “estado interessante”. Curiosa a escolha da palavra.

E finalmente

A pedido, aqui deixo os links para poderem ver os marcadores de lugares da festa, subordinados ao tema: cinema. Para os mais distraídos: depois de abrir os links, as fotos estão mais abaixo. Se gostarem e conhecerem quem vá casar, recomendem. Eu agradeço.

A mesa dos noivos

Os familiares (por ordem aleatória)

Os amigos (por ordem alfabética)

Já agora digam de quais gostaram mais.

O balde do gelo

Quatro dias depois das quatro garrafas de champanhe, faltava o balde do gelo. A foto não podia ser mais fiel: de um lado, o tuga derrubado e derrotado. Do outro, o adversário, eufórico, triunfante.

Portugal já entrou cansado e sem imaginação: uns sprints sem rumo de Ronaldo, umas fintas sem seguimento de Figo e uma ausência total de Deco.

Do outro lado, um Zidane a pegar na batuta e principalmente Henry, o batoteiro.

Mas o problema é mesmo falta de dimensão, em todos os sentidos da palavra.

Foi o melhor de sempre mas soube a pouco.

Até 2010.