14 março 2007

Uma nova ERA

Leça do Bailio, 14 de Março de 2007
Amigos,
Espero que esta carta vos vá encontrar de boa saúde. Eu cá vou andando, embora me esteja a mentalizar para várias sessões no dentista que já me estão a assustar por antecipação.
Não tenho dado notícias ultimamente pois tenho andado bastante atarefado.
Vai fazer um mês que iniciei a nova etapa na minha vida profissional e estou ainda a trabalhar numa “casa” emprestada pois as obras da loja de que serei responsável começam apenas na próxima semana. Com os habituais atrasos nas empreitadas e o necessário período de formação da equipa que comigo irá trabalhar, não deverei estrear as novas instalações antes de Maio.
Entretanto já deu para perceber que a zona geográfica que nos está atribuída foi até agora pouco trabalhada e pior do que isso, mal trabalhada. Com profissionalismo e seriedade, estamos condenados ao sucesso.
A família está bem. A minha cara-metade tem “pago a factura” desta nova fase da nossa vida. Está mais só para tratar dos miúdos pois eu saio cedo e chego tarde. Em comparação com os horários a que estávamos habituados, o sábado em família faz-nos falta mas já sabíamos disso e a decisão foi ponderada.
Os Budapeste estão bem. A Buda está no percentil 95 em peso e altura e o Peste continua a ser a nossa alegria. Ultimamente está completamente fã dos Abba. Devora o CD e o DVD vezes sem conta e de manhã quando o levo ao infantário pede para ouvir a canção “Fernando” que ele jura chamar-se “Pai Nando”. Depois aproveita para ligar ao Benny e perguntar pelos restantes elementos da banda:
- Olá, Benny. É o Marcelo! Tás bom, pá? A Agnetha está boa? Quero falar com o Bjorn! E a Anni está aí?
E assim começo o dia, a rir com a imaginação que lhe permite fazer dos Abba os seus amigos invisíveis, com quem simula conversas do dia a dia.
Antes que me esqueça, tenho de vos dizer isto: esta minha nova actividade permite-me uma coisa que para mim não tem preço: passar na praia todos os dias. De fato e gravata, mas não faz mal! Sem pôr os pés na areia, mas de cá de cima também se respira o ar do mar. Quem me conhece sabe que a praia é o meu carregador de baterias preferido, pelo que facilmente entenderão que em termos de vontade e disposição estou a viver uma nova vida.
E agora vou a correr comprar um selo senão já não é hoje que ponho a carta no correio.
Beijinhos e abraços a todos e cá fico à espera de notícias vossas, esperando que não se esqueçam de responder.
Até breve,
Fernando

6 Comments:

Blogger Paulo said...

É isso cunhadito, força!!!

Estamos todos a torcer por ti!

Abração!!!

15/3/07 09:43  
Blogger Júnior said...

Isso é que ERA bom!

Sabíamos que não ERA fácil, mas aventuramo-nos, ainda bem que quando chegámos ainda não ERA tarde, assistimos a tudo desde o inicio e não ERA hora para desistir, sem hesitar entrámos e ainda conseguimos ouvir - ERA bom ERA, para isso ERA preciso que os outros cá estivessem - neste momento já estávamos à entrada da porta, ERA de uma madeira escura, antiga, o chão ERA de um mosaico no qual se percebia perfeitamente os anos de entra e sai daquela sala, ainda assim ERA bom e até reconfortante estarmos finalmente ali. Mal me viu exclamou - ERA você ainda agora ao telefone? eu? não, não ERA eu, retorqui então o que o traz cá? perguntou, sabe, ERA por causa daquele assunto, HA! Vociferou, ERA o que mais me faltava, então não ERA para terem cá vindo ontem? ERA sim só que quando chegámos dissERAm-nos que não nos podia receber e que voltássemos hoje, ERA um sujeito dificil este, já nos tinham avisado que não ERA fácil lidar com ele, parecia que ERA de uma outra ERA.
EspERA aí, já me lembro peço desculpa, neste momento já não ERA o desconforto que imperava, ERA mais uma sensação de incredulidade, a expressão do sujeito ERA agora mais serena quase paternal - ViERAm por causa daquele assunto, Já não ERA sem tempo, ERA por demais evidente que aquela não ERA a mesma pessoa que nos tinha recebido à minutos atraz, ergueu os olhos por cima dos óculos que lhe ornamentavam a face - Ó VERA traz-me lá o resultado do exame para dar a estes senhores, Não, não ERA esse, ERA o outro, quem dERA que não mas infelizmente... Li com atenção os arabescos que lá vinham escarrapachados e finalmente percebi que ERA altura de pôr um fim naquele assunto - exclamei muito mais tranquilo - Isso é que ERA bom - ERA o que ela queria - devia ter pensado que eu ERA um otário - afinal o Filho não ERA meu ERA de outro qualquer (...)

Extraído da fábula,
"ERA uma vez em Leça da Palmeira"

15/3/07 11:31  
Anonymous Anónimo said...

Fernando,
Desculpa não comentar frequentemente teus "postings" mas este eu não queria deixar de fazê-lo!!
Ficamos na torcida por ti, por vcs todos e certamente terás sucesso porque és maduro e tens a determinação e a competência!!!

Bola pr'a frente!

18/3/07 15:50  
Anonymous Anónimo said...

Estas mudanças são sempre um pouco demoradas e exigem sempre um esforço suplementar. Mas penso que no final, o resultado compensa.
Ainda que esteja a 2000 Km de distância, estou sempre a torcer por vocês. Sei que vão conseguir ultrapassar todas as dificuldades e atingir o sucesso. São assim os vencedores...
Um beijinho muito especial para todos...

19/3/07 20:08  
Anonymous Anónimo said...

Pois não sei que te diga de útil nesta altura. Já te disse uma vez que a única coisa que precisas é de sorte porque, felizmente, tudo o resto já tens.
Nós os três estamos contentes por ti, por vocês. E orgulhosos por fazermos parte da vida de gente que anda para a frente com ânimo e entusiasmo, sem ressabiamentos.

beijo grande

22/3/07 14:44  
Anonymous Anónimo said...

Muita força, desta amiga desaparecida, que tem as prendas de Natal 2006 para entregar à Buda e ao Peste...com sorte já não vão servir;)

Beijos
Saturno

22/3/07 18:38  

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