15 novembro 2006

O dia em que a plateia cantou para mim

Os meus tempos de estudante universitário foram muito mais dedicados ao “academismo” (palavra que aparenta significar uma conduta adequada à condição de estudante mas que na realidade encobre todo o tipo de actividades menos recomendáveis: noitadas, copos, jogatanas e miúdas) do que propriamente ao estudo. Daí que as minhas recordações me levem mais facilmente de volta às digressões e actuações da Tuna do que às peripécias dos exames ou das orais. Hoje Regresso a uma dessas lembranças, o meu aniversário de 1995.
A TAFEP tinha sido convidada para actuar numa festa universitária na Covilhã. A viagem foi como sempre divertida e tive mesmo um momento de inspiração ao lembrar-me de baptizar um pretendente a Tuno com a alcunha “Tomate” porque ele “participava mas nunca entrava”. O desgraçado ia connosco para todo o lado mas nunca o deixavam subir ao palco.
Nesse dia jogava-se em Lisboa um Portugal-Irlanda, que a selecção viria a vencer por 3-0, garantindo assim a qualificação para o Europeu de 1996. Este facto só é importante para se compreender melhor o ambiente de euforia que se vivia quando entrámos em palco. O nosso Magister tinha-me dado a prenda de ser o apresentador do espectáculo. Entrei em palco com um chapéu da selecção e foi o “fim do mundo”: “POR-TU-GAL, POR-TU-GAL”. Ou seria “PAN-TE-RA, PAN-TE-RA”???
A actuação decorreu de forma espectacular e até aproveitámos para brincar um bocadinho, quando eu fui para a frente simular um solo durante o nosso instrumental???!!!A actuação terminou com um pedido da Tuna à assistência para que todos me cantassem os Parabéns. Foi indescritível e arrepiante: milhares (ou seriam dezenas de milhares?) de pessoas (as SuperBock já eram muitas) a cantar para mim. Foi inesquecível e todos os anos nesta data recordo esse dia.

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Olá Fernando! mesmo atrasados deixa que te deseje um feliz aniversário. Quando vi com mais pormenor a tua foto percebi que provavelmente fui praxada por ti. Fui caloira de 96. Não sei hoje quais os habitos da praxe, mas sei que no meu tempo ainda se chegava a casa com bolhas nos joelhos (digo eu!). Pelo menos foi o meu caso. Aquela "via facultis".... Já nem recordo se fiquei a conhecer as salas e espaços da faculdade, só sei que a cor do chão, essa sim, conhecia bem...

18/11/06 00:13  

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