
A maioria das pessoas passa a vida inteira em busca de uma sensação duradoura e definitiva, que não conhece muito bem mas à qual chama felicidade, julgando tratar-se de um estado que uma vez atingido perdurasse para sempre.
Na realidade o que todos nós temos de percorrer nesta dimensão a que chamamos vida é um caminho mais ou menos tortuoso, aqui e ali atalhado por momentos em que podemos considerar que nos sentimos felizes.
Ninguém poderá, sem faltar à verdade, afirmar ser plenamente feliz. O nível de felicidade que cada um conseguirá atingir durante esta sua viagem depende da sua própria capacidade de desfrutar desses raros instantes, partindo do pressuposto que se consegue identificá-los a tempo; muitos desses Momentos Felizes passam despercebidos e só mais tarde o entendemos como tal.
Para as descrever no Regressos, obrigo-me a um exercício de memória que me traga de volta, em pormenor, passagens felizes da minha viagem por esta dimensão.
Ao altruísmo de as partilhar convosco, junto também uma pincelada de egoísmo, já que me proporciono assim uma forma de sentir de novo a perfeição desses acontecimentos.
Mas a intenção primeira é altruísta.
Sejam muito felizes.